Mulher
Oh mulher ! Peregrina dos sentimentos farrapados
E tão firme os seus sorrisos, ainda que
expressem sofrimentos
Faz-nos fortes em caminhos tempestuosos
Ainda que as lagrimas cicatrizem o seu rosto...
Faz-nos aconchegar em seus ombros de alivio
todo nosso cansaço
Das lembranças de um tempo ausente
Mulher
Abrigo clandestino do desespero
Refugio inocente das alegrias escondidas
Vestígios de um massacre
Ainda que se confundem em seus lábios
Os desânimos , de uma mentira desesperada
no pestanejar dos seus olhos
faz-nos raiar um clarão de risos
Mulher
Reflexo genuíno do amor, memória secreta do Perdão
Luz que não se apaga, pétalas de uma rosa seca
Geradora de novas vidas
Ri num momento e no outro chora
Ao ver os olhares de seus filhos semeando discórdia
Suas mãos afagando meu rosto são como remédios
Ainda que a tristeza crie nelas rugas
Retempera-nos as energias em nossos corpo
Mulher
sobremesa florida de um sorriso
fonte natural d ´alegria segredo de um segredo
Cálice persistente de uma esperança Estrelas em noites escura
Morada protetora , jardineira de um embrião
Ungiste-nos com as lágrimas que brotam dos seus olhos
Longe de ti chora o a saudade feito um pássaro sem ninho
Hoje meu pensamento voa triste para te buscar nas cordas de um violino
Entoando melodias de saudades de abrigar em seus braços quando fracassado
Rosto sereno calada desafia a vida Mulher é área que sagra água nua
Dom Afonso de Sá